NEUROTECNOLOGIA - TERAPIA, PESQUISA E DESENVOLVIMENTO SENSORIAL.
Introdução


O ESTÍMULO AUDITIVO COMO NOVO PARADIGMA DE POSSIBILIDADES DO CÉREBRO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM  






           Os métodos de estimulação auditiva podem ser dividido em duas linhas: a indutiva e a condutiva.

        Na linha indutiva, utilizam-se os "neural beats" (ligeiras diferenças de freqüência entre uma orelha e outra, produzindo o efeito biofísico chamado batimento), que agem segundo o princípio da ressonância.  O objetivo é induzir o cérebro a trabalhar numa determinada freqüência em Hertz que, segundo estudos, altera as ondas cerebrais (medidas por EEG - Eletroencefalograma), induzindo o ouvinte a estados alfa, beta, delta ou theta. De fato, a descoberta de que a diferença em freqüência, no som, poderia induzir o cérebro a funcionar, eletricamente, nesta diferença de freqüência sonora foi um marco na pesquisa e na compreensão tanto na audição (processamento auditivo) quanto na neurologia (freqüência do cérebro).

        Já a linha condutiva é um método original, desenvolvido exclusivamente no Brasil por este pesquisador, de forma que a onda (alfa, beta, delta ou theta) com a qual o cérebro passará a funcionar será aquela de que o ouvinte mais precisa. O termo condutivo é peculiar, pois o Método Neuroacústica® não pretende induzir nenhum estado que não aquele que o próprio cérebro indique como o mais necessário e adequado para o momento. Assim, uma pessoa pode ouvir os sons do Neuroacústica® num dia e sentir-se relaxado, ao passo que, num outro dia, ouvindo o mesmo áudio, pode definir-se, ao término da audição, como mais ânimo e bem disposto.

        Em suma, o Neuroacústica® não se limita a ser um conjunto de áudios de relaxamento, nem tão pouco de energização para estados de disposição. Essas são sensações relativas que o ouvinte experimenta ao se deslocar do ponto "metabólico/emocional" em que estava para o ponto mais próximo do equilíbrio possível naquele momento.

        O conteúdo gravado nos áudios é composto por duas "camadas" sonoras. Uma camada contém os estímulos que podem ser alternados ou transientes. A outra camada é preenchida por música incidental tridimensionalizada. O resultado é a colocação dos estímulos na localização sonora entre as orelhas esquerda e direita (percebidas usando-se fone de ouvido) e a música distribuída em 3D pelo espaço. A exemplo, a animação demonstrativa (ilustração):



 

Espaço 3D virtual com fone de ouvido.



        As novas descobertas obtidas pelas pesquisas científicas, envolvendo o mapeamento das atividades cerebrais de sujeitos no mesmo momento em que seus pensamentos e reações são inter-relacionados por estímulos controlados, vêm comprovar, em grande parte, o conhecimento teórico de que dispúnhamos sobre as vias neurológicas por onde caminham os sons, depois de terem sido captados pelas orelhas.

Algumas dessas pesquisas nos demonstram que há vias neurológicas específicas para o processamento, análise e conexões afetivas dedicadas exclusivamente à música. Outras demonstram que ouvir música pode reduzir dor crônica, atenuar a severidade de quadros depressivos, estimular o desenvolvimento da inteligência, garantir melhoras na saúde mental e aumentar a atividade do sistema imunológico.

Diante de tantas evidências e resultados - quantitativos e qualitativos - alcançados pelos estudos controlados, estamos em condição de dar um novo passo e comprovar que a estimulação auditiva é muito mais ampla e vai além da utilização de música, da musicalidade e dos instrumentos musicais.

Metodologias referenciais na atuação e reversão de quadro clínico diagnosticadas como estresse pós-traumático, uma patologia limitante que acomete grande número de pessoas todos os anos, vítimas de catástrofes, e de difícil recuperação, têm proporcionando grande avanço na compreensão da estrutura e do funcionamento do cérebro. É na solução de problemas humanos que, muitas vezes, encontramos instrumentos para a melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento das pessoas para uma vida normal e saudável.

É na união da confirmação do poder terapêutico da música e a resolução de distúrbios, como o estresse pós-traumático, por meio da reorganização da memória traumática,  que se encontram a evolução e a construção do novo paradigma do estímulo auditivo.

O Neuroacústica®, método que se baseia nos conhecimentos consolidados da psicoacústica, biofísica da audição e do processamento de informação no mecanismo das memórias, possibilita seu uso tanto na resolução das limitações de algumas condições humanas adquiridas (conhecidas como FRAME), como também vem demonstrando resultados animadores na intensificação  dos talentos que todo ser humano tem (que nomeamos TARGET), seja de natureza latente ou em desenvolvimento.

O direcionamento da atenção e da concentração, a reorganização das memórias e a dessensibilização de condições limitantes são fatores primordiais no sucesso da aplicação deste novo paradigma. Sua utilização de forma assistida e dirigida tem demonstrado seu valor como instrumento de intervenção clínica na reversão de quadros cujo fator agravante decorre de redução de auto-estima e agravamento da insuficiência de amor próprio.

Todo ser humano, em maior ou menor grau, sofre os impactos de suas auto-avaliações, bem como das avaliações alheias. Quando não somos exigentes o bastante conosco, invariavelmente alguém ou alguma instituição o será. É assim que garantimos a evolução, o desenvolvimento e os avanços no ensino e no aprendizado daqueles que nos deixaram como legado o seu conhecimento acumulado.

A proposta do Neuroacústica®, por meio da estimulação auditiva, é demonstrar como podemos utilizar os resultados da ciência da saúde, em especial os da saúde mental, a favor da potencialização dos talentos, da criatividade, da construção lógica dos argumentos e raciocínio, do incentivo à sociabilidade e do sucesso nas relações interpessoais como fatores indispensáveis aos cidadãos preparados para a construção de um mundo mais consciencioso e igualitário.

Este é o princípio fundamental do Neuroacústica®, uma ferramenta de suporte, visando a atuar no humano de modo a expandi-lo em eixos ao invés de restringi-lo em aspectos. Considerar a pessoa nas suas múltiplas perspectivas (biológica, emocional, cognitiva, sentimental, onírica e espiritual) é a grande saída para o paradoxo atual de considerar o ser, focando apenas alguns sentidos de sua existência. É, sem dúvida, a tecnologia a serviço do homem.



Criador do Método Neuroacústica® (condutivo):

DePaula, Marcelo Peçanha

Psicanalista e Pesquisador
Criador da Menteologia® e idealizador do Neuraoacústica®

marcelodepaula@neuroacustica.com

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